A atividade física regular é capaz de elevar o colesterol bom,
baixar os níveis do triglicérides, glicemia (açúcar no sangue),
pressão arterial e dos batimentos cardíacos.
Desta forma, ajuda no controle de doenças comuns
como o diabetes e a hipertensão arterial,
diminuindo também o risco de infarto do miocárdio
e acidente vascular cerebral, bem como de vários tipos de câncer,
doenças que correspondem às maiores causas de mortes no mundo.
Além disto, o exercício ajuda no controle de peso, no aumento da força muscular
e na diminuição da ansiedade, melhorando a qualidade de vida de quem o pratica.
A capacidade física de uma pessoa também
está diretamente relacionada com a sobrevida dela,
isto é, quanto melhor o condicionamento físico,
menor a chance de morte, de todas as causas.
Excesso de Exercícios
Bem, diante de todos estes benefícios, por que estamos questionando algo ?
Quando o exercício se torna voltado para o desempenho e visa competições,
pode trazer outras alterações causadas pelo excesso.
E não falamos apenas de atletas profissionais.
A cada dia aumenta o número de atletas amadores que querem realizar grandes desafios,
provas de longa duração, com intervalos curtos de descanso
e em busca sempre de melhores tempos individuais.
Aí devemos ter atenção!
Estudos recentes têm demonstrado que alguns atletas
com muitas horas de treino durante a vida,
ou aqueles que fizeram várias maratonas em um curto intervalo de tempo,
principalmente homens, na faixa de 35 a 60 anos, e na maioria amadores,
têm mais chance de ter algumas arritmias cardíacas
e até outras alterações circulatórias no coração.
Alguns atletas de elite mostraram alterações em exames de sangue
e de imagem do coração realizados logo após o término de maratonas;
os exames se normalizaram após um ou dois dias de descanso.
Outros atletas demoraram a normalizar.
Essa questão polêmica ainda está sem respostas convincentes
por não se saber porquê, quem terá esse problema
e quais suas repercussões à longo prazo.
Identificar quais pessoas teriam uma chance maior
de apresentar tais alterações é um desafio.
Na verdade, ainda temos muito a aprender, mas como em tudo
devemos sempre ser cautelosos com a escolha da dose.
Entretanto, uma coisa é certa: o exercício em quantidade moderada faz muito bem à saúde
e uma competente avaliação da sua condição física antes de iniciá-lo,
diminui muito o risco de problemas futuros.
Fonte : texto escrito pela Dra. Cléa Simone Sabino de Souza Colombo